'Todo o país está pensando neles', diz Obama em discurso no Colorado

 Obama se reuniu com familiares do massacre no Colorado

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo (22) que "todo o país" está pensando nas vítimas do massacre em Aurora, ao encontrar as famílias dos 12 mortos pelo atirador que abriu fogo num cinema. "Palavras são sempre inadequadas neste tipo de situação", disse Obama. "Mas minha principal tarefa era ser um representante de todo o país", disse. "Estamos pensando neles neste momento, e vamos continuar pensando neles a cada dia", afirmou.
"Estou aqui mais como pai e marido, não somente como presidente', disse Obama. Visivelmente emocionado, ele abraçou os familiares das vítimas e rezou com eles durante as mais de duas horas que passou com o grupo no hospital universitário de Aurora, subúrbio de Denver.
O avião Air Force One, procedente de Washington, pousou às 15h30, horário local, na base aérea de Buckley, na região de Denver. Obama foi recebido na escada do avião pelo governador do Colorado, John Hickenlooper, e por dois senadores do Estado.
Milhares de pessoas se reuniram em Aurora para homenagear as 12 vítimas em uma emocionante celebração religiosa.
 Obama fala com o chefe de polícia de Aurora, Daniel Oates, à esquerda o prefeito Steve Hogan , à direita

Polícia nega que atirador tenha sido ajudado
Nas investigações do caso, a polícia de Aurora descartou que James Holmes tenha recebido ajuda de outra pessoa no planejamento e execução dos crimes.
"Circula muito informação não confirmado sobre um segundo suspeito. Com relação a estas informações, esta noite falamos com um companheiro de Holmes e não há razão para crer que está envolvido", disse em entrevista coletiva a porta-voz da polícia, Cassidee Carson.
A negação da polícia sobre a intervenção de outra pessoa no tiroteio vem depois de relatos da imprensa, segundo os quais um colega de Holmes teria ajudado a cometer os assassinatos.
 James Holmes, suspeito do tiroteio desta sexta-feira (20)
no Colorado
Encomendas
O jovem James Holmes estava recebendo grande número de encomendas, possivelmente de munição, nos últimos quatro meses segundo a polícia local.
O apartamento de Holmes estava armadilha com explosivos sofisticados, disse Dan Oates, chefe da polícia de Aurora, a cidade no estado do Colorado em que ocorreram as mortes. "Estava desenhado para matar quem entrasse", afirmou.
"Sabemos que o suspeito recebeu, nos últimos quatro meses, um grande volume volume de encomendas tanto no endereço de casa quanto no do trabalho", disse Oates, em conferência de imprensa à tarde. "Isso começa a explicar como ele conseguiu as revistas e munições e começa a explicar como ele tinha alguns dos materiais encontrados no apartamento."
Mortos identificados e cinco em estado crítico
Segundo o legista do condado (uma subregião do Estado) de Arapahoe, Michael Dobersen, as 12 pessoas que morreram por conta dos tiros do cinema foram identificadas e as famílias foram avisadas. Dos cerca de 60 feridos, cinco estão em estado crítico no hospital da Universidade do Colorado. Outros sete estão nas unidades de tratamento intensiva e de trauma do Centro Médico de Aurora e dez teriam sido liberados.
Preso sem reação
Holmes foi preso logo após o tiroteio, próximo ao seu carro em um estacionamento atrás do cinema, e não reagiu aos policiais, segundo as autoridades.
Questionado, ele afirmou que tinha material explosivo em casa. As motivações do suspeito ainda não estão claras.
Holmes foi identificado como um estudante da escola de medicina da Universidade do Colorado, que estava no processo de abandono de um programa de pós-graduação em neurociência, informou a universidade em comunicado.
A família divulgou uma declaração de condolências pelas vítimas e pediu por privacidade enquanto "processa essa informação".
 Milhares de pessoas se reuniram em Aurora, no Colorado, para cerimônia em homenagem às vitimas do tiroteio












Luto de seis dias
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que o tiroteio foi uma violência "sem sentido". O democrata adiou compromissos de campanha eleitoral por conta do incidente e decretou luto oficial de seis dias no país.

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