Rebeldes sírios denunciam cerca de 40 mortes em bombardeios

Cerca de 40 pessoas morreram nesta sexta-feira na Síria em bombardeios realizados pelas forças do regime de Bashar al Assad, sobretudo em Deraa, Damasco e seus arredores e Aleppo, segundo os grupos opositores sírios. Os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram em comunicado sobre a morte de 40 pessoas, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos denunciou a morte de 32 civis e nove soldados das forças governamentais em combates contra os rebeldes.



Em Deraa, onde muitas localidades são alvos de fortes bombardeios há dias, bombas explodiram nos bairros de Yarmouk, Joura e Arbain, assim como sobre a população de Karak. De acordo com o Observatório, 11 pessoas morreram nesta província, que faz fronteira com a Jordânia, cinco delas por disparos de artilharia pesada contra um campo de refugiados.
A violência na província provocou novos deslocamentos de população para a Jordânia, e segundo informou nesta sexta o governo deste país, uma criança morreu e membros de sua família ficaram feridos ao serem atingidos pelas forças do regime de Damasco quando tentavam atravessar a fronteira.
Na periferia da capital os bombardeios com helicópteros castigaram principalmente as povoações de Daraya e Yalda, locais que as forças de Assad tentam recuperar do controle dos rebeldes.
Também se registraram entre quatro e seis mortos, segundo as fontes, na cidade de Aleppo, onde se teme uma grande ofensiva das tropas governamentais, que mantêm sitiada a cidade à espera de reforços militares. Os bombardeios castigaram principalmente os bairros de Al Fardus, Salah ad-Din, Al Sukari, Al Ansari, Al Mashhad e Bustan al Qasr, que estão nas mãos dos rebeldes.
Já num dos principais redutos da oposição, Homs, cinco pessoas foram mortas por bombas e operações do regime em sua cidade homônima e na localidade vizinha de Al Qusair. Outra província bastante castigada pela violência foi Idleb, onde se registraram bombardeios e combates entre os rebeldes e o exército, que afetaram sobretudo à população de Maaret al Numan.
Diante do agravamento do conflito, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, acusou hoje o regime de Assad de arrasar zonas controladas pela oposição sem levar em consideração a população civil. Navi denunciou bombardeios de artilharia e aéreos, a presença de tanques nos centros urbanos e execuções sumárias, ao mesmo tempo que manifestou sua preocupação com "a probabilidade" de enfrentamentos em grande escala em Damasco e Aleppo.

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