Mais de 200 mortos em novo massacre na Síria


Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH) acusa as forças do regime sírio de terem bombardeado a localidade de Treimsa, na província de Hama, enquanto o Governo de Bachar al-Assad culpa "grupos de terroristas" de terem levado a cabo o massacre para "provocar uma intervenção estrangeira" na Síria.

A maioria dos 200 mortos, número que ainda poderá crescer, são civis, segundo testemunhos de residentes na zona e ativistas de defesa dos direitos humanos que foram ouvidos por agências como a AFP e televisões como a Al-Arabiya.

"As tropas governamentais bombardearem Treimsa utilizando tanques e helicópteros", declarou, à AFP, por telefone, o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahmane, acrescentando que, nesta pequena localidade, "poderá ter acontecido o maior massacre cometido desde o início da revolta na Síria" em março de 2011.

A matança decorreu na quinta-feira à noite mas o balanço trágico dos mortos começou a ser feito com o início do dia de hoje. Primeiro, chegou o Exército e começou a disparar. Depois, milícias fiéis ao regime, vindas de localidades vizinhas, começaram a matar os habitantes nas suas casas. Uns morreram na explosão das bombas, outros em resultado de disparos recebidos na cabeça, segundo a versão da Comissão Geral para a Revolução Síria.

Ativistas ouvidos pela Al-Arabiya disseram que os helicópteros do regime visavam os camiões que transportavam ajuda humanitária para a localidade. Várias casas e mesquitas foram incendiadas, relata a agência Dpa.

Enquanto isto, o regime de Assad, citado pela agência Sana, afirmou: "Os media sedentos de sangue, em cooperação com os grupos terroristas, cometeram o massacre contra os habitantes da localidade de Treimsa, na região de Hama, para tentar mobilizar a opinião pública contra a Síria e o seu povo e provocar uma intervenção estrangeira em vésperas da reunião do Conselho de Segurança"

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