Mãe de fundador do WikiLeaks visita Equador para apelar por asilo ao filho


A mãe do fundador do Wikileaks, Julian Assange, visitou o Equador nesta segunda-feira (30) para pedir que o país conceda asilo a seu filho. Christine Assange declarou que ele está sob estresse psicológico extremo e sente que a sua única opção é buscar segurança no Equador.
Assange está refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho. O ex-hacker de computador, que enfureceu Washington em 2010 quando seu site WikiLeaks publicou telegramas diplomáticos secretos dos Estados Unidos, é procurado para interrogatório na Suécia por acusações de crimes sexuais.
O ativista australiano quebrou seus termos de fiança e pediu asilo no Equador porque teme que possa ser enviado aos Estados Unidos, onde a sua vida estaria em risco.
"Ele é amante da liberdade, ele não pode correr, ele não pode ir para fora ver o céu, do lado de fora a polícia britânica espera como cães para levá-lo ... ele não pode se exercitar da maneira que normalmente poderia e está sob estresse psicológico extremo", disse Christine em uma entrevista ao vivo à televisão local.
 Christine Assange, mãe do fundador do WikiLeaks Julian Assange,
mostra foto do seu filho durante encontro nesta segunda-feira (30) em Quito
A mãe de Julian Assange reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, nesta segunda-feira para apelar pelo pedido de asilo de seu filho.
"Eu não estou aqui para exigir asilo, venho humildemente pedir, como mãe dele", disse ela.
O governo equatoriano afirmou que vai demorar quanto tempo for necessário para fazer uma análise profunda do pedido de asilo de Assange para tomar uma decisão.
Comentários de Patiño na semana passada sugeriram que o Equador vai abster-se de anunciar uma decisão sobre o pedido de asilo de Assange até o término dos Jogos Olímpicos, como um sinal de respeito para com o governo britânico.
A mãe de Assange disse que seu filho escolheu o Equador porque a sua Constituição consagra os direitos humanos e ali não tem pena de morte.
Ela também se referiu ao presidente esquerdista Rafael Correa como "muito corajoso" e disse que confia que Correa não vai permitir que a soberania de seu país seja manipulada por interesses estrangeiros.
Christine disse que teme que os Estados Unidos vão agir para extraditar seu filho se ele for enviado para a Suécia.
Nem os EUA nem as autoridades suecas acusaram formalmente Assange de qualquer coisa. Promotores suecos querem interrogá-lo sobre as acusações de estupro e agressão sexual feitas por duas defensoras do WikiLeaks em 2010.
Assange diz que fez sexo consensual com as mulheres.

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