A Casa Branca e os líderes republicanos alcançaram um acordo para evitar o aumento de impostos na passagem de ano e adiar os cortes automáticos nos gastos públicos, fatores que ameaçavam levar a economia americana para a recessão.
Depois de meses de agonia pela crise, semana de debates sobre uma possível solução e dias de intensas negociações a portas fechadas, uma votação folgada do Senado dos Estados Unidos (89 contra oito) aprovou na madrugada desta terça-feira o controverso projeto de lei que evita o chamado "abismo fiscal".
O projeto segue agora para a Câmara de Representantes, que pode votá-lo ainda no primeiro dia do ano. O presidente Barack Obama pediu à Câmara em um comunicado a aprovação sem demora.
A aprovação da medida pelas duas Casas do Congresso daria a Obama uma vitória, ao aumentar os impostos das famílias que recebem mais de 450.000 dólares por ano e evitar taxas maiores para os demais americanos.
"Embora nem democratas nem republicanos tenham obtido tudo o que queriam, este acordo é o que deve ser feito pelo bem de nosso país e a Câmara deve aprová-lo sem demora", destacou Obama.
O acordo adiaria por dois meses os cortes automáticos - conhecidos como "sequestro" em todos os setores governamentais por 109 bilhões de dólares.